7 Diferenças Entre Amor e Paixão Segundo a Neurociência

Você sabia que paixão e amor não são apenas sentimentos, mas também processos neuroquímicos distintos? Enquanto a paixão é movida por descargas intensas de dopamina e adrenalina, o amor envolve áreas do cérebro ligadas à segurança, confiança e apego, reguladas por hormônios como oxitocina e vasopressina.
A neurociência mostra que essas duas experiências emocionais, embora se confundam, atuam de forma diferente no nosso corpo e mente. Vamos explorar 7 diferenças principais:


1. Paixão é química da recompensa enquanto o amor é química do vínculo

  • Paixão: ativa fortemente o sistema de recompensa do cérebro, liberando dopamina em excesso — a mesma via ativada em vícios. Isso gera euforia e desejo intenso pelo outro.
  • Amor: está ligado à oxitocina e à vasopressina, hormônios que estimulam apego, confiança e sensação de pertencimento.

2. Paixão ativa o impulso, amor ativa a reflexão

  • Paixão: aumenta a atividade da amígdala e do córtex pré-frontal ventral, o que explica a impulsividade e a falta de clareza ao idealizar a pessoa amada. Por isso, muitas vezes criamos um perfil ilusório de acordo com as nossas carências afetivas e necessidades de afeto. Isso pode nos tornar vítimas em potencial de abusadores emocionais, pessoas sem escrúpulos que tiram vantagens das carências, principalmente de mulheres sensíveis e sonhadoras.
  • Amor: ativa áreas como o córtex pré-frontal dorsolateral, responsável por raciocínio, escolhas conscientes e capacidade de ver defeitos sem perder o afeto e respeito pela outra pessoa. Porém esse amor é consciente e não aceita sofrimentos desnecessários.

3. Paixão acelera, amor acalma

  • Paixão: estimula adrenalina e norepinefrina, acelerando os batimentos cardíacos, suor nas mãos e aquele “frio na barriga”. E quem nunca sentiu isso? O problema esta em não reconhecer que esse tipo de sentimento pode trazer muito sofrimento, ansiedade e outros transtornos emocionais, prejudicando a vida familiar, profissional e pedagógica.
  • Amor: reduz a atividade do estresse, aumentando a sensação de paz e regulação emocional. Estudos mostram que o amor estável diminui o cortisol, hormônio do estresse. O amor aumenta a energia do corpo e da mente e faz a vida ficar mais leve e equilibrada.

4. Paixão é desejo, amor é apego

  • Paixão: tem forte base no sistema límbico e no hipotálamo, regiões ligadas ao desejo sexual. A paixão faz a pessoa desiquilibrar emocionalmente porque vê no outro, a possibilidade de resgatar aquilo que falta em si mesma.
  • Amor: ativa o estriado ventral e o córtex cingulado anterior, associados à empatia, apego e cuidado mútuo, por isso, o amor ativa áreas importantes do cérebro para tomadas de decisão consciente.

5. Paixão é curta, amor é duradouro

  • Paixão: costuma ter um ciclo de vida de meses a poucos anos, pois o cérebro não sustenta indefinidamente níveis altos de dopamina e adrenalina.
  • Amor: pode durar décadas, porque envolve circuitos cerebrais de longo prazo, como os da memória afetiva e da construção de vínculos.

6. Paixão desregula, amor regula

  • Paixão: muitas vezes aumenta ansiedade e obsessão, por excesso de dopamina e baixa serotonina. Isso pode provocar estresse constante e levar à depressão.
  • Amor: equilibra neurotransmissores, favorecendo regulação emocional e até benefícios físicos, como melhora na imunidade e longevidade.

7. Paixão é ego, amor é conexão

  • Paixão: está muito ligada ao prazer próprio e à excitação. Segundo Freud, a paixão está intimamente ligada ao Id ( que não conhece limites)
  • Amor: envolve circuitos de empatia (como o córtex pré-frontal medial) que estimulam cuidado genuíno pelo outro e por si mesma.

Conclusão

A neurociência confirma o que muitos já intuíram: a paixão é um estado de excitação química intenso, mas é passageiro; o amor é um estado cerebral de apego, segurança e profundidade.
Enquanto a paixão é como um fogo rápido, o amor é a chama que aquece a longo prazo. Reconhecer essas diferenças nos ajuda a viver relacionamentos mais conscientes, saudáveis e duradouros.

Agora que você já leu até aqui, pare, pense e reflita: Seu cérebro está vivendo mais sob o efeito da dopamina da paixão ou da oxitocina do amor?


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    Psicoterapeuta.
    Psicanalista com especialização em saúde mental e Neurociência.
    Especialista em educação com especialização em Neuropsicopedagogia. Professora de Filosofia.
    Escritora e palestrante.

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