

Experiência emocional e maturidade – O que isso tem a ver com a felicidade?
Pessoas entre 60 e 70 anos costumam ter mais resiliência, já passaram por perdas, conquistas e ciclos importantes. Elas aprendem, com o tempo, a dar mais valor ao que realmente importa — saúde, afeto, tranquilidade, liberdade. Muitas delas, aprenderam sobre a importância da reconstrução pessoal.
Com filhos crescidos e vida profissional mais estável ou já finalizada, muitos vivem com mais autonomia e menos cobranças. Isso favorece um estado mental mais leve.
A maturidade emocional leva à aceitação do que não se pode mudar. Isso reduz frustrações e ajuda a enxergar beleza nas coisas mais simples da vida.
Segundo pesquisas recentes, mesmo em tempos modernos, mulheres jovens ainda enfrentam mais pressões relacionadas à aparência, comportamento, desempenho e segurança. Isso afeta a saúde mental e consequentemente, a percepção de felicidade. No que diz respeito aos homens, quando paramos para analisar o comportamento masculino, podemos observar que muitos homens nem sempre são incentivados a verbalizar seus sentimentos negativos, o que pode fazer com que relatem maior “felicidade” — não necessariamente porque sentem mais, mas porque demonstram menos vulnerabilidade. Outro fator importante são as diferenças hormonais e emocionais: Mulheres jovens lidam com ciclos hormonais intensos, além de questões ligadas à autoestima, à busca por pertencimento e segurança — isso tudo interfere na sensação de bem-estar. Algumas pesquisas importantes, revelam elementos muito importantes, e esses, sim, parecem ser universais para a felicidade como por exemplo as relações familiares saudáveis, fundamentais para a ausência de angústia e transtornos emocionais.
Sentir-se amado, ter controle sobre a própria vida e ter autonomia, são fatores importantes para o equilíbrio emocional e para a sensação de paz e felicidade. Esses pilares que mencionei, são muito mais decisivos do que a idade ou gênero em si.
Nesse contexto, podemos dizer que Idade e gênero influenciam no equilíbrio emocional e na sensação de felicidade, mas são contextos e não sentenças.
A verdadeira felicidade está em aspectos relacionais, emocionais e existenciais. Uma jovem mulher pode ser mais feliz que um senhor de 70 anos se estiver conectada consigo mesma e com as pessoas que ama. E um adolescente pode ser infeliz mesmo com todas as possibilidades, se sentir que está vivendo uma vida que não lhe pertence.
Podemos dizer então que o Tripé da Felicidade Humana está constituído:
1º- Relação saudável com a família –🌻 Essencial para a construção de uma vida harmoniosa e feliz. Família saudável é sinônimo de raiz forte. Sem essa base, muitas pessoas vivem em estado de carência afetiva, buscando em outros lugares aquilo que não foi nutrido na origem. A sensação de pertencimento e segurança emocional , seja na família biológica ou construída, é onde geralmente buscamos nossas primeiras referências de afeto, proteção e identidade. Quando essa relação é saudável, ela serve como base emocional sólida, mesmo diante dos desafios da vida.
2º- Controle sobre a própria vida – Autonomia e liberdade interior
Ter controle não significa “dominar tudo”, mas sentir que as decisões mais importantes estão nas próprias mãos. Esse senso de autonomia está diretamente ligado à autoestima e à capacidade de lidar com frustrações. 🌹🌹 A felicidade floresce onde há liberdade interior. Pessoas que sentem que vivem a vida que escolheram — e não a que os outros impuseram — tendem a ser mais saudáveis e confiantes.
3º Sentimento de ser amado😊 Reconhecimento e valor existencial
Amar e ser amado é uma necessidade fundamental. O sentimento de ser valorizado, acolhido e importante na vida de alguém, nos dá sentido, reforça nossa identidade e nutre nossa alma. ❤️Não há felicidade onde há abandono emocional. O amor é a liga invisível que dá cor à existência e nos prepara para viver os desafios da jornada.
Quando falamos de felicidade e equilíbrio emocional, é necessário entender que no Brasil, alguns fatores geram preocupação com o bem-estar físico e mental de todos nós. Vejamos então alguns fatores importantes que podem interferir na saúde física e emocional, interferindo negativamente nas emoções de cada ser humano:
1º. Excesso de estímulos e sobrecarga emocional
Vivemos bombardeados por informações, comparações nas redes sociais, exigências profissionais e cobranças sociais. Essa hiper conectividade, gera estresse, ansiedade e esgotamento mental. A mente cansada não consegue sustentar uma vida equilibrada.
2º. Desigualdade social e insegurança econômica
A instabilidade financeira, o desemprego e a dificuldade de acesso a serviços de qualidade afetam diretamente a saúde mental da população. Isso gera insegurança constante, afetando tanto o corpo quanto a mente. A preocupação constante com o amanhã rouba a paz do hoje, trazendo angústias e tormentos emocionais.
3º Acesso limitado a cuidados de saúde mental
Apesar de avanços, o cuidado psicológico ainda não é inacessível para muitos. Além disso, o estigma em torno da terapia e dos transtornos mentais ainda é presente e esse preconceito faz com que muitas pessoas não procurem ajuda.
4º. Isolamento afetivo e enfraquecimento das relações
A vida moderna, com rotinas cada vez mais solitárias e virtuais, tem dificultado a construção de vínculos profundos. Isso gera solidão, sensação de vazio e desconexão emocional. E então, surgem as crises existenciais e as panes emocionais.
5º. Busca por equilíbrio e autocuidado em meio à culpa e à pressa
Muitas pessoas sabem o que deveriam fazer — se alimentar melhor, descansar, praticar atividades físicas — mas vivem presas em rotinas exaustivas, sentem culpa por parar ou não sabem como priorizar o autocuidado. E nessa pressa por melhores recursos, surge então a pergunta: O dinheiro é o principal problema da modernidade?
Não é o único, mas certamente é um dos mais poderosos geradores de angústia e sofrimento humano. Vivemos numa sociedade em que quase tudo tem um custo: moradia, alimentação, saúde, educação, lazer, mobilidade… Por isso, a falta de recursos compromete não apenas o conforto, mas a própria dignidade.
Há uma pressão cultural que associa “ter” com “ser”. Muitas pessoas passam a medir sua importância ou sucesso pelo que possuem — e quando falta dinheiro, sentem vergonha, fracasso ou inutilidade. Isso compromete a autoestima e distorce a própria identidade. Mas é importante ressaltar, que algumas pessoas, ao invés de buscar uma vida com significado, passam a viver apenas para acumular dinheiro — isso cria uma prisão invisível, onde o vazio existencial cresce, mesmo com conforto material. Ter muito dinheiro sem propósito pode gerar tanto sofrimento quanto não ter nada. E então, a de que forma a idade pode influenciar na questão da felicidade? Existe questões essenciais para refletir, antes de responder, como por exemplo: A segurança ( que envolve a própria maneira de sobreviver) – A autoestima ( qual o valor pessoal, quem eu sou no mundo?) – A liberdade ( possibilidade de escolha e realização de sonhos).
A chave, talvez, esteja em ressignificar a relação com o nosso EU no mundo, a relação com o dinheiro, a relação com os outros e principalmente, intensificar a busca pelo equilíbrio emocional, autoconfiança e amor próprio
Independente de qualquer idade, a reconstrução pessoal é importante para o equilíbrio emocional. Com a reconstrução pessoal, valores inadequados podem ser ressignificados e a sensação de felicidade tornar-se real. Acredite, isso é possível!
Vou deixar aqui algumas sugestões de leituras que podem trazer mais clareza para a sua vida:
1- Seja seu próprio amor: Embarque em uma jornada em busca de amor-próprio, autoestima e autocuidadohttps://amzn.to/40hxXkD


Augusto Cury – Gestão da Emoção para Qualidade de Vida https://amzn.to/3TCUDIl



