Transtorno Bipolar: Causas e Tratamentos

O transtorno bipolar, também conhecido como doença maníaco-depressiva, é uma condição de saúde mental que afeta o humor e o comportamento de uma pessoa. Caracterizado por oscilações extremas de humor, que vão desde episódios de mania e euforia até episódios de depressão profunda, o transtorno bipolar pode causar um impacto significativo na vida da pessoa, intererindo em sua vida familiar, profissional e emocional.

Conheça dois tipos importantes do Transtorno Bipolar:

Transtorno Bipolar do Tipo I: Envolve episódios de mania que duram pelo menos sete dias ou são tão graves que exigem hospitalização. Episódios depressivos também podem ocorrer.

Transtorno Bipolar do Tipo II: Caracteriza-se por episódios depressivos alternados com episódios de hipomania, que são menos graves do que a mania do Tipo I.

Alguns dos principais sintomas associados a cada fase:

Fase Maníaca:

  1. Euforia ou Irritabilidade Intensa: Uma sensação elevada de energia, autoestima inflada e confiança excessiva. Em alguns casos, pode haver irritabilidade extrema.
  2. Atividade Aumentada: Aumento na atividade física, agitação, fala rápida e pensamentos acelerados.
  3. Comportamento Impulsivo: Tomada de decisões impulsivas, envolvendo riscos como gastos excessivos, comportamento sexual de risco ou envolvimento em atividades perigosas.
  4. Diminuição da Necessidade de Sono: Pode ocorrer a sensação de não precisar de tanto sono como o habitual sem sentir cansaço.
  5. Ideias Grandiosas: Pensamentos grandiosos sobre as próprias habilidades, talentos ou importância.

Fase Hipomaníaca:

A fase hipomaníaca é semelhante à fase maníaca, mas menos grave. A pessoa ainda pode se sentir energizada e produtiva, mas os sintomas não são tão intensos a ponto de causar prejuízos significativos no funcionamento social ou profissional.

Fase Depressiva:

  1. Tristeza Profunda: Sentimentos persistentes de tristeza, desesperança e desamparo.
  2. Fadiga e Falta de Energia: Sensação constante de cansaço, mesmo após períodos de sono adequado.
  3. Dificuldade de Concentração: Dificuldade em se concentrar ou tomar decisões.
  4. Alterações no Sono e Apetite: Insônia ou hipersonia (excesso de sono), além de mudanças no apetite e peso.
  5. Sentimentos de Culpa ou Inutilidade: Sentimentos negativos em relação a si mesmo, incluindo sentimentos de culpa e inutilidade.
  6. Pensamentos Suicidas: Em casos mais graves, pode haver ideação suicida ou tentativas de suicídio.

É importante procurar ajuda profissional

Buscar ajuda profissional é muito importante. Também é importante observar que nem todas as pessoas com Transtorno Bipolar experimentarão todos esses sintomas, e a intensidade dos sintomas pode variar. Além disso, entre os episódios, as pessoas com Transtorno Bipolar podem ter períodos de estabilidade emocional. O diagnóstico e o tratamento devem ser realizados por profissionais de saúde mental, como psiquiatras e psicoterapeutas. O médico especialista irá indicar a medicação adequada e o tratamento concomitante com a terapia, poderá levar a pessoa a ter vida normal.

Usar o diagnóstico de bipolaridade ou qualquer outra condição mental como uma forma de ser rude, depreciativa ou desrespeitosa com outras pessoas é prejudicial por várias razões.

Aqui estão alguns motivos pelos quais isso não é apropriado:

  1. Estigmatização: Utilizar termos relacionados a transtornos mentais como insultos contribui para a estigmatização das pessoas que realmente vivenciam esses distúrbios. Isso perpetua estereótipos negativos, criando um ambiente onde as pessoas com condições de saúde mental podem se sentir envergonhadas ou menosprezadas.
  2. Desconhecimento da Realidade: Utilizar o termo “bipolar” de forma pejorativa muitas vezes reflete falta de compreensão sobre a natureza do transtorno bipolar. O transtorno é uma condição clínica séria e complexa que afeta a vida de quem a vivencia. Utilizar a palavra de maneira leviana pode trivializar a experiência real das pessoas que lidam com o transtorno.
  3. Dificuldades na Busca por Ajuda: O estigma em torno de transtornos mentais pode dificultar que as pessoas procurem ajuda profissional quando necessário. O medo de serem rotuladas ou mal compreendidas pode ser um obstáculo significativo para buscar tratamento adequado.
  4. Prejudica Relações Interpessoais: Usar termos associados a condições mentais como insultos pode prejudicar as relações interpessoais. Isso cria um ambiente hostil e insensível, afetando negativamente a comunicação e o respeito entre as pessoas.
  5. Promoção do Respeito e Empatia: É essencial promover uma cultura de respeito e empatia em relação às condições de saúde mental. Isso inclui escolher palavras cuidadosamente e evitar linguagem que possa perpetuar estigmas.

Ao invés de usar termos relacionados a transtornos mentais de maneira pejorativa, é mais construtivo e inteligente, buscar entender as experiências das pessoas, promover a conscientização sobre saúde mental e oferecer apoio quando necessário. É fundamental lembrar que as condições de saúde mental são desafios reais enfrentados por muitas pessoas e merecem ser tratadas com compaixão, respeito e compreensão.

A saúde mental é prioridade

Não despreze os gritos de socorro, mesmo que sejam silenciosos. Depressão não é frescura e pode induzir ao suicídio. O transtorno bipolar não é uma opção de ninguém, ele apenas está lá, na mente humana , invadindo um espaço que não pediu pra ser invadido. Por isso, tenha empatia e não despreze o sofrimento de quem sofre com transtornos mentais.

Se você ou alguém que você conhece está enfrentando sintomas sugestivos de Transtorno Bipolar ou algum outro transtorno que traz amarguras e sofrimentos para a alma humana, é fundamental procurar ajuda profissional, porque a vida é uma jornada e o equilíbrio mental é fundamental. Se você quiser saber mais sobre equilíbrio mental, veja o link abaixo e você poderá encontrar leituras excelentes sobre o assunto.

Boa leitura! ( o link está em amarelo)

Equilíbrio mental
    trilhesuamelhorversao.com
    trilhesuamelhorversao.com

    Psicoterapeuta.
    Psicanalista com especialização em saúde mental e Neurociência.
    Especialista em educação com especialização em Neuropsicopedagogia. Professora de Filosofia.
    Escritora e palestrante.

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